28.9.13

Primavera


Nesta estação do ano a vida brota na natureza, após o descanso do inverno. A energia que estava sendo cuidadosamente armazenada pelas plantas irrompe, gerando os brotos e uma nova vida.
Em nosso organismo (e em nossas vidas) é o tempo de transformar, depurar o “velho” para que brote o “novo”. Nossa energia se volta para o movimento, a ação, a realização daqueles projetos que idealizamos no recolhimento do inverno.
O elemento que predomina nesta estação é a Madeira (as árvores e plantas que se renovam) e os meridianos ligados a esta energia são os relacionados aos órgãos do fígado e da vesícula biliar.
A energia vital fluindo livremente por estes meridianos gera a capacidade de fazer opções, decidir entre diferentes caminhos/projetos.
É a época em que temos o impulso de realizar coisas no mundo, de exercer nossa capacidade criativa para transformarmos a nós mesmos e a nossa realidade. Por estarem ligados ao crescimento, ao movimento, fígado e vesícula biliar (F/VB) regem nossos músculos e tendões.
A emoção ligada a eles é a raiva, que nada mais é do que um impulso para o movimento, para realizar uma expectativa, que nós bloqueamos. Geralmente a raiva parece ter uma causa externa – uma pessoa, ou uma situação “criaram” a raiva dentro de nós -, mas se analisarmos esta emoção do ponto de vista de nossa vontade de alterarmos a vida de outros para nos sentirmos bem, veremos que ela brota de uma expectativa interior que não foi concretizada.
Valéria em Trikonasana
Podemos sentir a energia fluindo pelos meridianos de F/VB quando permanecemos em posturas laterais, por exemplo, Uttitha Trikonasana, Parighasana, Uttitha Parsvakonasana.
A energia de cada meridiano pode também ser equilibrada por cuidados relativamente simples com nossa alimentação, bem como cuidando de nossa vida anímica.
Alimentação
Uma vez que o organismo está se depurando é importante não sobrecarregá-lo com excesso de gorduras, proteínas de origem animal e alimentos pesados em geral.
Ajudam a equilibrar a energia os brotos, as folhas tenras, miúdas (salsinha, manjericão, orégano), as folhas verde-escuras, como rúcula, agrião, couves.
O sabor ligado a estes meridianos é o ácido, que nesta estação deve ser usado com cuidado, para não provocar excesso de energia. Utilizadas com equilíbrio as frutas ácidas (laranja, mexerica, abacaxi...) ajudam a harmonizar a energia do fígado.
Alimentos anímicos
O contato com a natureza, que está exuberante na primavera, equilibra a energia de F/VB.
Toda atividade que nos permite desenvolver nossa criatividade, bem como o contato com pessoas criativas e calmas, também favorece esta energia.
Como o elemento Madeira tem uma natureza ascendente, a prática da meditação ou a busca de um caminho espiritual (não necessariamente uma religião formal) cooperam com a sua harmonização.
Para finalizar, descrevo alguns indicadores de desequilíbrio nos meridianos de fígado e vesícula biliar: falta de vontade, irritabilidade, tendência a gritar e/ou a chorar por qualquer coisa.

5.9.13

Curso: o amor nos mitos e na vida pessoal

Começando em 12 de setembro, nas noites de quinta, das 19:00 às 20:30 h.

Quatro encontros em grupos pequenos

Cada um de nós tem um repertório de mitos sobre os relacionamentos de amor e de amizade, e também sobre os de oposição e luta.

Esses mitos vêm de várias fontes, desde a família até os locais de trabalho, a imprensa, cinema, televisão, etc. etc...
Todos nós temos mitos conflitantes sobre o mesmo tema.

Neste curso aplicamos essa idéia aos relacionamentos: que mitos temos dentro de nós que nos levam a repetir fórmulas que não deram certo? Que outros mitos temos, em nós mesm@s, que nos permitam mudar de rumo em direção à felicidade? 

Conhecer esses mitos conflitantes – e optar pelos mais enriquecedores – é um caminho de libertação do sofrimento nas relações.

Nesses quatro encontros vamos abordar as crenças que se expressam através de nossas relações interpessoais, numa jornada de busca do amor em paz.
Viajaremos do pequeno em direção ao grande, do passado para o futuro, do superficial para o profundo.

O caminho será feito em etapas, onde haverá conversas, contação de histórias, imagens míticas e outras práticas.

Temas:
Irmãos -  os hostis, os inseparáveis, os complementares
Mitos de gêmeos ou simplesmente de irmãos exibem uma gama de possibilidades, como Rômulo e Remo, Castor e Pólux, Gilgamesh e Enkidu, Pa'i Kuara e Jacy. Essas relações pessoais da infância são uma base importante para outras mais amplas na vida adulta. 
Botticelli
Botticelli: Vênus e Marte
@ companheir@ de jornada
O amor cortesão da Idade Média: Lancelot e Guinevère, Parsifal e Conduiramours... ainda é nosso modelo de parceria? 
"Quem me completa" é a pergunta que vem logo depois de "quem sou eu". Do apaixonar-se até a relação integral de duas pessoas existe um continuum de desenvolvimento, pessoal e da parceria. Do que se espera encontrar n@ outr@ até ver @ outr@ como é e amá-l@ justamente por isso. 

"Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais"
Ulisses é astucioso como seu avô Autólico. Édipo é violento como seu pai Laio. Atena é industriosa como sua mãe Métis. 
Aprendemos por imitação, e nossos pais são nossos primeiros modelos, de homem, de mulher, de convivência. Refletimos nossos pais em nosso comportamento e em nosso corpo, ficamos fisicamente parecid@s com eles. Outras reflexões podem nos permitir a exploração de novos modelos de sermos nós mesm@s e de conviver com outros.

O presente do amor e a utopia do amor em paz
O presente é precioso. A utopia é a inspiração, o horizonte que nunca é alcançado mas que alimenta a vontade de caminhar. Somos muitos, mas só conseguimos conviver de verdade em pequenos grupos. Essa convivência acontece agora. Como essa relação um-grupo nos alimenta ou nos deixa famintos? Como construir relações que nos apóiem a sermos cada vez mais plenos? 

Em cada um desses encontros sucessivos, com número pequeno de participantes, entramos em contato com os mitos correntes que têm modelado nossa vida até o momento, e buscamos criar outros, que nos sejam mais adequados. O fio condutor dessa busca é a criação de mais plenitude de autoexpressão, e de relacionamentos que nos façam mais felizes.

Quatro encontros semanais, com uma hora e meia de duração.
Valor: R$ 100,00 

Início: 12 de setembro, às 19:00 h