Miniatura de Brassempouye |
Na mais antiga civilização, a da Suméria, aparece a deusa com seu filho, que se torna seu amante e a fecunda, sendo em seguida sacrificado. Este tema se repete na própria Babilônia com Istar e Dumuz, no Egito com Ísis e Hórus-Osíris, e mais tarde na Grécia com Afrodite e Adônis. A mesma deusa recebe ainda os nomes de Innana, Cibele, Atargatis.
Afrodite (afros = espuma) nasceu, na versão grega mais antiga, da castração de Urano, o céu, por seu filho Crono, que atirou ao mar os genitais do pai. Da espuma surgiu, madura e bela, Afrodite. Mais tarde surge outra versão, mais adequada à ordem patriarcal, em que ela é uma das deusas do Olimpo, subordinada ao rei dos deuses, Zeus.
Hefaístos |
O amante de Afrodite (Vênus) é Ares (Marte). São os dois planetas que ladeiam a Terra, para dentro, em direção ao Sol, e para fora, em direção ao espaço, respectivamente.
Afrodite terá também um amante mortal famoso, o belo Adônis, que disputará com Perséfone, a deusa do mundo suberrâneo. Este mito é uma modificação mais recente do antigo, da Mesopotâmia. Adônis aqui não é seu filho, mas um mortal que é sacrificado, morto por um javali, mas retorna sazonalmente, passando parte do ano entre os mortos e parte entre os vivos. Este é um mito de povos agricultores, onde o jovem, seja deus ou mortal, simboliza a semente. A deusa da fertilidade é a deusa da vida-morte, os dois lados do ciclo, inseparáveis. Para a maioria das mitologias de todos os povos, tudo que nasce morrerá, e tudo que morre renascerá.
Afrodite de Melos |
Mas no século IX, entre os árabes, surgem os trovadores, que se espalharão pela Europa nos séculos seguintes, trazendo o amor cortês que tomará conta dos corações, da arte, e da imaginação a partir do século XII. São desta época os romances sobre Tristão e Isolda, sobre Parsifal. Este momento, que prepara a Renascença, é também o nascimento do amor pessoal, individual, onde a mulher amada é valorizada, e o amor em si é uma graça divina.
Miniatura de Lespugue |
Dédalo era um excelente artesão que, por ambição e inveja, cometeu um crime e teve que fugir. Recomeçou sua vida em Creta, a serviço do rei Minos. Creta era o país onde o touro lunar era importante, e Minos era filho de Posídon que o presenteara com um touro branco sagrado. O dever do rei era oferecer o touro em sacrifício ao deus, porque todo rei tem deveres suprapessoais. Mas o touro era muito bonito, e Minos o trocou por outro, pensando que Posídon não perceberia.
Ora, o único pecado que os deuses gregos não perdoam é que um mortal tente se igualar a eles.
Posídon fez a esposa do rei se apaixonar perdidamente pelo touro sagrado, e ela convenceu Dédalo a construir uma vaca oca em que ela pudesse entrar para concretizar sua paixão. Ela deu à luz o Minotauro, meio touro meio homem, e que comia carne humana. Minos reconheceu nisto o castigo divino e, para esconder sua vergonha e proteger o povo, ordenou a Dédalo a construção do labirinto.
O tributo de 7 moças e 7 rapazes que tinham que ser enviados pelos povos submetidos na guerra é uma referência a um momento na história de Creta em que os povos guerreiros já tinham invadido a ilha, onde antes jovens de ambos os sexos viviam em igualdade. O labirinto é um dos símbolos mais antigos do Paleolítico.
Sandro Boticelli, Galeria Uffizzi |
Este ano, ao entrar em Touro, o Sol está em bom aspecto com Plutão, o que o coloca em contato com a configuração tensa presente no céu nos últimos e próximos anos, entre Plutão, Urano e Saturno. O fato de ser um aspecto fluente não deixa de trazer a necessidade de mudança profunda para os nascidos no começo do signo.
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