17.9.20

Conhece-te a ti mesmo

 


Sempre penso em escrever sobre cada um dos yamas e niyamas e termino por me ater só aos dois que fizeram a fama de Gandhi, ahimsa e satyagra.

Alexej von Jawlensky



Pois hoje vou falar sobre svadhyaya. Este título muito original já indica do que se trata. Mas…


Considerando que o Homo sapiens é um animal social, ninguém pode se conhecer sozinho. Cada um de nós só existe em relação com outros. Estaremos sempre nos relacionando, conscientemente ou no automático. Conhecer a si mesmo é o primeiro caso.


Consciência vem do latim: cum + scientia. E scientia vem de scire = conhecer. Logo, agir com consciência significa fazer conhecendo o que se está fazendo, ou seja, o contrário de agir no automático, ou por instinto, ou sob forte emoção.


Conhecer a si mesmo é ter consciência de quem se é, portanto. Conhecer o que se está sentindo é até chamado de inteligência emocional. Conhecer o que se pensa sobre determinado assunto, em lugar de repetir a última interpretação ouvida... Conhecer o próprio corpo para perceber se estamos nos sentindo bem ou mal.


A filosofia sânquia afirma que é preciso ler para praticar svadhyaya, o conhecimento de si. Ler os escritos sobre filosofia e psicologia – vale lembrar que ainda entre os gregos a psicologia fazia parte da filosofia. De fato, como saber quem somos sem ter noção alguma sobre o que é e como funciona a mente humana?


Mesmo na Índia não existia uma filosofia só. Gandhi, voltando a falar nele, seguia o jainismo. A religião dominante na Índia é o hinduísmo, derivado em parte do bramanismo. Entre nós ocidentais existem várias linhas de psicologia: Freud, Jung, gestalt, Reich, behaviorismo, e muitas mais. É interessante conhecer o básico de várias delas que sejam bem diferentes entre si. E quando uma tocar uma corda profunda dentro de você, siga o conselho de Joseph Campbell: quando encontrar um autor que seja sua bem-aventurança, leia tudo dele.


Último lembrete: ao contrário das filosofias ocidentais, que ficam ao nível do intelecto e nem sempre são vividas, as filosofias na Índia orientavam toda a vida da pessoa.

19.7.20

Respiração profunda para acalmar a mente e o corpo

Nestes tempos incomuns de rotina incomum, mudança de hábitos é o que mais é exigido de cada um de nós.

Uma dificuldade que é uma oportunidade, que podemos aproveitar para colocar novos hábitos em nossa vida.

Um hábito que sempre vai ajudar a lidar com as circunstâncias é o de respirar mais profundamente. Aumentar a entrada e saída de ar dos pulmões aumenta a renovação do ar, claro, mas também aprofunda a respiração e com isto aumenta o uso da capacidade pulmonar.

A respiração mais profunda é também mais lenta, por isto acalma a mente e relaxa o corpo.

Acompanhe o áudio.


namastê