7.8.15

Yoga e felicidade


Yoga é a união do corpo, da mente e do espírito. 

Através de um conjunto de práticas que inclui relaxamento, posturas (asanas), exercícios respiratórios, concentração e memorização, o hatha yoga produz profundos efeitos na harmonização e paz interior, sanando problemas a nível externo e interno. Os asanas são psicofísicos, proporcionando um reequilíbrio físico e mental. 

Para que você possa extrair dessa prática o máximo de bem-estar seguem aqui algumas palavras sobre o yoga. A palavra sânscrita yoga significa “união”. Mas união com quem? Para responder esta questão tomo a liberdade de citar um grande yogue, Swami Muktananda, que diz em seu livro Medite:

 
"Que desejam os seres humanos? Desejamos a felicidade. Tudo que fazemos, fazemos pela felicidade. Buscamos esta felicidade através do nosso trabalho, dos nossos amigos e da nossa família; através da arte e da ciência; da comida, da bebida e das diversões. Pela felicidade realizamos todas as atividades da vida diária, e esta é a razão pela qual continuamos a expandir o nosso mundo material.
Dentro de nós reside uma felicidade divina, a mesma que buscamos no mundo. Se pensarmos na alegria que recebemos das diferentes atividades compreenderemos que experimentamos a felicidade não nas atividades, mas dentro de nós mesmos. Por exemplo: quando olha um quadro bonito, onde você sente prazer, no quadro ou em você? Quando come um prato delicioso, você sente satisfação na comida ou em você mesmo? Quando se encontra com um amigo e sente alegria, a alegria está em seu amigo ou em você? A verdade é que a alegria encontrada em todas estas coisas é simplesmente um reflexo da alegria de seu próprio Ser interior.
A prova disto é o nosso sono. Ao final de cada dia, não importa o quanto tenhamos comido ou bebido, o quanto tenhamos ganho ou desfrutado, estamos exaustos. Tudo o que queremos fazer é ir para o quarto, apagar a luz e nos refugiar sob os cobertores. Durante o sono, estamos completamente sozinhos. Não queremos mulher, marido, amigos, nem nossos pertences. Não comemos nada, não ganhamos nada, não desfrutamos de nada. Ainda assim, enquanto dormimos, o cansaço de nossas horas de vigília desaparece naturalmente pela força do nosso próprio espírito. Pela manhã, ao despertar, estamos plenamente descansados.
Esta é uma experiência que temos todos os dias. Se prestarmos atenção na razão pela qual nos esgotamos com tudo o que fazemos durante o dia, e na razão pela qual obtemos tanta paz no sono, compreenderemos que a fonte real de nosso contentamento não está em comer nem em beber, nem em nada exterior a nós, mas em nosso interior. Durante o dia, a mente se dirige para fora. Contudo, em estado de sono profundo a mente descansa no Ser e isto remove nossa fadiga. .... Se fôssemos além do sono e entrássemos em meditação, beberíamos o néctar do amor e da felicidade que reside no coração.” 

Por estas palavras, percebemos que é o estado intranqüilo, agitado de nossa mente que nos impede de entrar em contato com a fonte de felicidade que reside em nós. 


Namastê 
Valéria Prado
  

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